SAÚDE

SES-TO destaca a importância da conscientização e do combate ao preconceito no Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo

O vitiligo é uma condição genética crônica e autoimune que causa a perda de pigmentação da pele em determinadas áreas do corpo. Estima-se que afete cerca de 1 a 2% da população mundial e 0,5% dos brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). É importante salientar que embora não seja contagioso e não prejudique a saúde física, as lesões impactam significativamente a qualidade de vida e a autoestima dos pacientes.

Por se tratar de uma doença genética, apenas pessoas com predisposição podem desenvolvê-la. No vitiligo, as células do sistema imunológico atacam os melanócitos, responsáveis pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. A doença geralmente se manifesta após algum tipo de “agressão” local, que desencadeia a resposta imunológica. As áreas mais comuns de descoloração são as mais expostas a traumas, como joelhos, cotovelos, mãos e face.

Embora a maioria dos casos de vitiligo não apresente sintomas, alguns poucos podem ser acompanhados de coceira ou outros sintomas dermatológicos, geralmente relacionados ao fator desencadeante e não ao vitiligo em si. Além de traumas mecânicos (pancadas), outros fatores que podem desencadear a doença, são: o uso de produtos dermatológicos com hidroquinona, exposição solar e queimaduras ou até mesmo fatores psicológicos.

“Eu tenho vitiligo desde os três anos de idade e os cuidados vêm desde essa idade, são os cuidados como evitar o excesso de sol, rotina de uso de filtro solar no rosto e no corpo, além dos cuidados. O emocional pesa muito e sempre que eu percebo que há um descontrole emocional, percebo também um descontrole do meu vitiligo”, afirmou a jornalista e portadora de vitiligo, Mariana Ferreira.

O vitiligo pode se manifestar de duas formas principais: segmentar ou unilateral, que afeta apenas uma parte do corpo e é mais comum em jovens, e não segmentar ou bilateral, que é o tipo mais comum, e afeta ambos os lados do corpo, como duas mãos ou dois pés. Além disso, existe o vitiligo de mucosas, que aparece apenas nos lábios e na região genital. A doença tende a se apresentar em ciclos de perda de cor e estagnação, que ocorrem ao longo da vida.

O tratamento do vitiligo deve ser acompanhado por um dermatologista que pode optar por acompanhamento psicológico ou outros tratamentos como os medicamentos que induzem a repigmentação das áreas afetadas, tecnologias como laser, técnicas cirúrgicas e transplante de melanócitos. É importante que o tratamento seja individualizado, pois os resultados podem variar significativamente entre os pacientes.

“Existem vários tipos de vitiligo, o meu consegui controlar, fiz uso de medicamento durante muitos anos, uso de corticoides, pomadas e alguns tratamentos mais avançados. Acredito que o uso do filtro solar é a chave para quem tem o vitiligo”, completou a jornalista.

Não há forma certa de prevenir o vitiligo, mas como cerca de 30% dos casos têm histórico familiar, é recomendável que parentes de indivíduos afetados façam vigilância periódica da pele e consultem um dermatologista ao surgirem lesões de hipopigmentação. Para pacientes já diagnosticados, é importante evitar fatores que possam precipitar novas lesões ou agravar as existentes, como uso de roupas apertadas, exposição ao sol e estresse.

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