Unesc realizará o 14º Congresso Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia a partir de domingo
O professor da Faculdade Intercultural Indígena (Faind/UFGD), Eliel Benites, vai abrir a programação do Congresso Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia, que inicia neste domingo (14/07) no Auditório Ruy Hülse, na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em Criciúma, às 18h.
Benites, que é indígena e possui experiência na formação de professores indígenas Guarani e Kaiowá, é quem fará palestra de abertura e abordará questões essenciais como Educação Escolar Indígena e cosmologias, lançando luz sobre a importância do conhecimento tradicional na conservação ambiental.
O evento, que chega na 14ª edição, contará também com minicursos, mesas redondas, apresentação de trabalhos, feiras, entre outros, e seguirá até quinta-feira (18/07) na Instituição.
Especialistas, professores, pesquisadores, estudantes, empresas e representantes de instituições públicas e privadas, representantes de associações e entidades comunitárias representantes de ONGs e Movimentos Sociais, agricultores familiares e população em geral estarão na Universidade para debater sobre como diferentes sociedades interagem com o meio ambiente podem participar do evento.
Ampla programação
Já na segunda-feira (15/07), a partir das 8h30, o professor do Peru, Justo Mantilha, vai abordar o tema “Territórios e cosmologia andina”, de forma híbrida. Ainda pela manhã haverá mesa redonda com a temática: “A luta pelo território dos povos originários e comunidades tradicionais em Santa Catarina”. Já às 14h do mesmo dia haverá roda de conversa: “Povos e comunidades tradicionais, territórios e mudanças climáticas”.
Para o presidente da comissão organizadora do Congresso, Carlyle Torres Bezerra de Menezes, a expectativa é de que o fórum proporcione a socialização dos avanços científicos recentes em articulação com os conhecimentos dos povos e comunidades tradicionais, abordando temas pertinentes, proporcionando o diálogo com o conhecimento ecológico tradicional e os desafios contemporâneos para a sociobiodiversidade do planeta.
“Além disso, serão discutidas alternativas de desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões, refletindo o compromisso coletivo com um futuro mais justo e equilibrado para todas as formas de vida”, comentou Menezes.
O congresso é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Universidade, em colaboração com a Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE), e grupos de pesquisa das Universidades Federais de Santa Catarina do Rio Grande do Sul.
Palestras, mesas-redondas, seminários, minicursos e oficinas
Durante os quatro dias do Congresso, os participantes terão a oportunidade de participar de uma programação diversificada, incluindo palestras, mesas-redondas, seminários, minicursos e oficinas, conduzidos por especialistas de destaque nacional e internacional.
Dentre os temas abordados, estão “Territórios e cosmologia andina”, “Diálogo de Saberes e educação intercultural” e “Diálogos na perspectiva do Bem Viver e dos Povos e Comunidades Tradicionais: alternativas ao desenvolvimento econômico”.
Bezerra, que também é professor do PPGCA e do curso de graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária, enfatiza a importância deste evento para promover o diálogo intercultural e interdisciplinar, além de fortalecer os laços entre a academia e as comunidades tradicionais. “Este congresso não apenas visa impulsionar a pesquisa científica, como também reconhecer e valorizar os saberes tradicionais dos povos indígenas e comunidades tradicionais”, afirma Bezerra.