Fundação Grupo Volkswagen celebra 45 anos e anuncia nova estratégia
Após amplo planejamento estratégico e diagnósticos socioterritoriais, organização direciona seus esforços para combater a desigualdade, sob o propósito “Juntos pela mobilidade social”
· Nos últimos 10 anos, a Fundação Grupo Volkswagen investiu mais de R$ 100 milhões em iniciativas socioeducacionais no Brasil e, em 2024, está destinando mais de R$ 16 milhões em recursos próprios às comunidades
· O anúncio do novo posicionamento está alinhado à Agenda 2030 da ONU e foi feito durante o evento em comemoração aos 45 anos da Fundação, que contou com palestras e mesas redondas sobre mobilidade social, investimento social privado, inclusão produtiva, diversidade e combate às desigualdades sociais
· Na ocasião, foi apresentada a nova identidade visual da Fundação, cuja marca simboliza o início de uma nova era dedicada a ampliar seu impacto social e a deixar um legado duradouro no Brasil
Em um movimento estratégico para ampliar seu impacto social no Brasil, a Fundação Grupo Volkswagen (FGVW) anuncia a Mobilidade Social como sua causa prioritária, marcando um novo capítulo em seus 45 anos de história ― comemorado em 03 de julho. A decisão, fruto de um extenso planejamento estratégico e diagnósticos socioterritoriais empreendidos ao longo do último ano, marca um novo capítulo na trajetória da instituição, que, desde 1979, realiza e apoia ações sociais e educacionais com recursos de um fundo constituído pela Volkswagen. Atualmente, fazem parte dos órgãos de governança da Fundação representantes da Volkswagen do Brasil, Volkswagen Caminhões e Ônibus e Volkswagen Financial Services, além de duas conselheiras independentes.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (01/07) durante o evento de comemoração dos 45 anos da Fundação Grupo Volkswagen, realizado no auditório do Museu da Imagem e do Som (MIS) em São Paulo (SP). O encontro reuniu convidados que participaram de uma aula magna, mesas redondas e bate-papos sobre temas como mobilidade social, investimento social privado, inclusão produtiva de grupos minorizados, diversidade e combate às desigualdades sociais.
Esse novo posicionamento está alinhado com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), proporcionando à Fundação um planejamento estruturado para gerar impacto e deixar legados duradouros. “Sob o propósito ‘Juntos pela mobilidade social’, redefinimos territórios prioritários de atuação, público-alvo e portfólio de programas e projetos, visando à ampliação do nosso impacto e legado. Nos últimos 10 anos, a Fundação já investiu mais de R$ 100 milhões em iniciativas socioeducacionais no Brasil e, para 2024, estamos aplicando mais de R$ 16 milhões em recursos próprios nas comunidades em que estamos presentes”, afirma Douglas Pereira, Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Grupo Volkswagen e Vice-Presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil e América do Sul.
Mudança de rota: foco na redução da desigualdade social
Mobilidade Social é o processo em que indivíduos ou grupos transitam entre diferentes posições socioeconômicas, podendo subir ou descer na escala social. A Fundação Grupo Volkswagen escolheu essa causa única como resposta ao desafiador cenário brasileiro relacionado a este tema. Isso porque, a desigualdade social e a concentração de renda dificultam a ascensão social da maioria dos brasileiros. O acesso desigual à educação de qualidade e as barreiras no mercado de trabalho são obstáculos importantes.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o 1% mais rico da população brasileira concentra quase um terço da renda nacional. Um estudo do Laboratório das Desigualdades Mundiais da Escola de Economia de Paris, publicado em 2021, revela que a metade mais pobre do Brasil possui menos de 1% da riqueza total, enquanto os 10% mais ricos detêm cerca de 80% do patrimônio privado. Além disso, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destaca que a mobilidade social no Brasil é uma das mais restritas do mundo, exigindo nove gerações para que os mais pobres alcancem a classe média.
“Após 45 anos de história, essa mudança representa um comprometimento ainda maior com a promoção da equidade no Brasil. A concentração de renda e a falta de oportunidades impedem que milhões de brasileiros alcancem todo o seu potencial. Acreditamos que a inclusão produtiva, por meio do empreendedorismo e da empregabilidade, aliada ao fortalecimento das capacidades locais e à assistência social, é o caminho mais efetivo para promover a justiça social e a igualdade de oportunidades no país”, comenta Vitor Hugo Neia, Diretor-Superintendente e de Relações Institucionais da Fundação Grupo Volkswagen.
Portfólio de programas e projetos
Neste cenário de reposicionamento estratégico, a instituição redefiniu seu portfólio de programas e projetos em um processo que concentrou seus esforços em iniciativas que promovem a inclusão produtiva, com foco na geração de renda; o fortalecimento das capacidades locais para o desenvolvimento comunitário; e a assistência social para o acesso a direitos ― uma conjunção visando a redução das desigualdades sociais.
Projetos como “Costurando o Futuro”, “Carretas do Conhecimento” e “CO.DE School”, focados na inclusão produtiva, foram mantidos e estão sendo reformulados. Editais e ações de voluntariado também estão sendo atualizados para se adequarem às realidades locais. Além disso, novos programas estão sendo planejados, incluindo iniciativas para fortalecer Conselhos Municipais, como o Conselho da Criança e do Idoso, e outras ações voltadas à inclusão produtiva e ao fortalecimento de organizações sociais comunitárias. A estratégia para as comunidades definidas será desenvolvida até 2030, com a implantação dos projetos acontecendo em fases.
Atuação concentrada, impacto amplificado
Para maximizar o impacto de suas ações, a Fundação definiu três territórios prioritários com base em critérios de vulnerabilidade social e proximidade com as fábricas e unidades de negócio do Grupo Volkswagen no Brasil: São Bernardo do Campo/SP (região do Montanhão), Jabaquara (Favela Alba) em São Paulo/SP, e Resende/RJ (região das Barras). Em São Bernardo, a área do pós-Balsa, que inclui propriedades rurais, comunidades de pescadores e indígenas, também receberá atenção especial. Nessas localidades, serão feitos investimentos significativos e implementados projetos de longo prazo focados em inclusão produtiva, promovendo empregabilidade, empreendedorismo, fortalecimento das capacidades locais e assistência social.
Paralelamente, a Fundação continuará suas atividades em outras regiões onde o Grupo Volkswagen possui presença – Salvador (BA), São Carlos (SP), São José dos Pinhais (PR), Taubaté (SP) e Vinhedo (SP) ―, com iniciativas de mobilização e apoio social, incluindo campanhas de voluntariado, doações e financiamento a projetos comunitários.
Já em relação ao público-alvo, a instituição definiu como prioridade mulheres de todas as idades e jovens negros de 16 a 24 anos. A escolha baseia-se nas demandas e características dos territórios de atuação e em estudos que indicam um impacto mais significativo na mobilidade social quando se foca nesses grupos. Em seguida, serão priorizados outros públicos minorizados, como a comunidade LGBTI+, homens negros de outras faixas etárias, comunidades indígenas e pessoas com deficiência. Por fim, será considerada a renda, com foco em famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. “Assim, diversidade, equidade e inclusão se tornam critérios essenciais para a atuação da Fundação Grupo Volkswagen”, diz Vitor Neia.