EDUCAÇÃO

Educação promove oficinas para aquisição de alimentos da agricultura familiar em Comunidades Tradicionais do Tocantins

Com o objetivo de garantir o direito de povos indígenas e comunidades tradicionais à alimentação escolar adequada aos seus processos próprios de produção e à sua cultura, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) promoveu oficinas sobre a agricultura familiar, durante os dias 2 a 5 de abril, na Aldeia Prata, em terras Indígenas Apinajé, no município de Tocantinópolis.

O Programa de Oficinas para Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – Catrapovos Tocantins – reuniram diversos órgãos governamentais e lideranças indígenas para discutir a integração dessas comunidades na oferta de alimentos saudáveis e tradicionais também nas escolas.

“A integração entre os órgãos do governo, representantes das comunidades indígenas e demais envolvidos, demonstrou o compromisso em fortalecer a participação dessas comunidades na oferta de alimentos saudáveis e culturalmente relevantes para as escolas. Essa iniciativa não apenas atende às demandas legais de aquisição de alimentos da agricultura familiar, mas também valoriza e respeita os processos próprios de produção e cultura das comunidades tradicionais”, explicou a gerente de Alimentação Escolar, Lucília Fialho.

Cronograma de ações 

O primeiro dia da oficina foi marcado pela apresentação dos órgãos representantes, incluindo a Gerência de Alimentação Escolar da Seduc, Superintendência Regional de Educação de Tocantinópolis, Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (Cecane), Secretaria de Povos Originários e Tradicionais (Sepot) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), além das lideranças das aldeias Apinajé. Os participantes também tiveram acesso aos “10 passos da Agricultura Familiar” apresentados pelo Cecane/UFT.

No segundo dia, houve uma oficina focada na elaboração do Etino-Mapa do território, costumes e alimentação do povo Apinajé, incentivando o mapeamento e compreensão da produção de alimentos dentro das comunidades indígenas. Também foram discutidos aspectos como a identificação dos agricultores, o calendário de produção de alimentos e os repasses financeiros para a alimentação escolar.

A terceira jornada concentrou-se em temas práticos, como o Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), documentações necessárias, sugestões de receitas tradicionais indígenas e adaptações nos cardápios escolares. O evento encerrou-se com a discussão sobre o PAA, Pronaf e a emissão de CAF.

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