No Dia Mundial da Saúde Ocular, SES-TO alerta para a prevenção e diagnóstico das doenças que atingem a visão
Na quarta-feira, 10 de julho é comemorado o Dia Mundial da Saúde Ocular. Com o intuito de conscientizar e alertar sobre as doenças oculares, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) chama a atenção para a importância da prevenção e diagnóstico, que se não tratadas, podem levar à perda da visão. As principais causas de cegueira em adultos são a catarata, o glaucoma, a degeneração macular relacionada à idade e a retinopatia diabética. Já entre as crianças, os maiores causadores da perda de visão são infecções congênitas, catarata congênita, retinopatia da prematuridade e glaucoma congênito.
No Brasil, as principais doenças oculares acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são erros de refração (miopia, astigmatismo, hipermetropia), catarata, glaucoma e doenças da retina (retinopatia diabética, retinopatia da prematuridade, degeneração macular relacionada à idade).
O médico oftalmologista do Hospital Geral de Palmas (HGP), Marcos Rodrigues Souza, explica que cuidar da visão é tão importante quanto cuidar da saúde de qualquer outra parte do corpo. “Ao cuidar da saúde ocular, podemos prevenir doenças oculares, detectar problemas precocemente e garantir uma visão nítida por muitos anos. Uma visão não saudável afeta nossa capacidade de realizar tarefas diárias, como ler, trabalhar e interagir com o ambiente”.
O especialista alerta também para a prevenção da cegueira na infância. “Os cuidados com a saúde ocular das crianças iniciam ainda nas primeiras horas de vida com o teste do olhinho, que serve para detectar a presença de diversas enfermidades visuais. O glaucoma congênito e a catarata congênita são as principais causas da perda de visão em crianças”.
Atendimento no SUS
A assistência oftalmológica está disponível no SUS e inclui desde consultas e realização de exames para diagnóstico até tratamentos que podem ser cirúrgicos, medicamentosos e transplantes. Atualmente, é possível fazer acompanhamento, avaliação e tratamento para doenças como glaucoma, catarata, doenças da retina, além do Teste do Olhinho, nas maternidades. E para os casos mais graves, em que há indicação, também é possível fazer transplante de córnea pelo SUS.
De janeiro a junho de 2024, foram realizados 24 transplantes de córnea em todo o Estado, sendo 20 transplantados no HGP.
Segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), 28.942 pessoas esperam por transplante de córnea no Brasil, sendo 231 no Tocantins.
A oftalmologista do HGP, Ana Beatriz Dias, que atua na equipe de transplante de córnea do Banco de Olhos do Tocantins (Boto), explica que “existem em nossos olhos, diversas estruturas que, juntas, são responsáveis por nossa saúde ocular. A córnea, no entanto, é uma das mais importantes para a acuidade visual e qualidade de vida. Quando gravemente doente ou lesionada, essa membrana coloca em risco todo o restante do sistema ocular. Extremamente delicada, a córnea, uma vez danificada, é de difícil recuperação. Nesses casos, um transplante de córnea pode ser o melhor tratamento para o paciente”.
Principais doenças oculares
– conjuntivite aguda bacteriana: é reconhecida pela vermelhidão, secreção aquosa, mucosa ou purulenta.
– conjuntivite aguda viral: é reconhecida pela vermelhidão, lacrimejamento e pouca ou nenhuma secreção; às vezes pode ocorrer hemorragia.
– tracoma: é uma conjuntivite crônica, reconhecida por vermelhidão ocular, que pode levar à cegueira.
– catarata: é a opacificação do olho (cristalino). É reconhecida pela alteração de cor da pupila, que pode variar entre o cinza e o branco. Acarreta a perda gradativa da acuidade visual, porém sem dor.
– glaucoma: é o aumento da pressão intraocular.
Cuidados
-Evite Coçar os olhos;
-Usar protetor ocular sempre que houver risco de algo atingir seus olhos;
-Lavar os olhos com bastante água limpa, caso caia qualquer líquido neles;
-Usar óculos ou lentes de contato apenas quando prescritos por médico oftalmologista;
-Tomar cuidado com maquiagens, pois algumas podem provocar alergia;
-Utilizar óculos escuros em ambientes com claridade excessiva;
-Procurar o oftalmologista periodicamente.