Programação para não programadores: ferramentas acessíveis auxiliam a resolver problemas com criatividade
A sétima edição do videocast “Take 5 Lounge” discute o tema “Programação para não programadores”, tendo como convidado o publicitário e líder técnico do Grupo Take 5, Alexandre Sanches, que bateu um papo super prático sobre o assunto, para encorajar o máximo de pessoas a experimentar a programação no dia a dia de vida e trabalho, tal como ele, que usa programação até para regar as plantas de casa.
“Minhas plantas sempre morriam quando eu precisava passar um tempo fora, então resolvi este problema com o software Arduino. A programação não tem limites e se você tiver uma necessidade, você provavelmente poderá resolver com programação”, defende.
Especialista no assunto, ele acredita que a programação deve fazer parte da vida das pessoas, de todas as idades e áreas de atuação, como forma de tornar mais simples a solução de desafios que surgem no dia a dia. Na conversa, conduzida pela apresentadora do videocast e diretora de Engajamento e Gestão do Grupo Take 5, Elaine Resende, Alexandre expôs desde as linguagens da programação, passando por aplicativos, algoritmos e boas práticas.
Na conversa, Elaine Resende apontou que a programação auxilia na criatividade e se revela, ainda, como um mercado de trabalho promissor, citando uma pesquisa do IBGE que mostrou que o setor de Tecnologia da Informação cresceu 2,4% em 2020, mesmo com a pandemia, mostrando a importância da área.
Para Alexandre, o que faz o bom programador, além da vontade de resolver um problema, é saber como procurar, como aplicar, e ter uma organização para poder compartilhar seu código. O programador tem de mostrar que ele é organizado e que qualquer pessoa consegue ler, entender e dar manutenção em seu código. “Não adianta criar um código que funciona, porém ninguém consegue dar manutenção”, exemplifica.
“Hoje a programação está em todos os lugares e ela serve para praticamente tudo. E existem muitas linguagens de programação, que estão em constante evolução. O Python, que é a linguagem que utilizamos aqui na Take 5, é muito indicada para quem está começando, pois com pouco você consegue fazer bastante coisas”, recomenda.
Mitos sobre TI e programação
Elaine Resende apontou alguns mitos em relação ao mercado de TI e programação, tais como o de que precisa ser um gênio, jovem e homem, para atuar nestas áreas. Alexandre tirou as dúvidas sobre eles:
- A Inteligência Artificial vai exterminar empregos: Segundo Alexandre, é um mito, já que não existe IA se não houver uma interação humana, seja de um programador ou de um arquiteto de software por trás dela. “A programação não é como o filme do Exterminador do Futuro”, brinca.
- Programar é uma tarefa solitária: “É verdade que existem estilos de programadores e desenvolvedores, que gostam de trabalhar solitárias, sim, mas você não consegue, solitariamente, resolver um problema de uma empresa. Então, o grande diferencial de um programador hoje, é saber escutar o mundo real, vamos dizer assim, interpretar para o código, e vice-versa, trazer o código para as pessoas que não são programadoras”, explica.
- Programação é para homens: “Não é verdade. Eu mesmo já tive contato com mulheres programadoras e elas têm um cuidado, um capricho que muitas vezes o homem deixa passar, então elas se tornam ótimas programadoras. Não existe gênero, basta ter vontade”.
- Programação é para jovens: “Mais um mito. Meu pai é programador com 62 anos, eu sou programador, com 38, temos pessoas na equipe com 20 e poucos anos. Então, não existe nenhum tipo de barreira com idade”.