Escola Rural de Nova Rosalândia transformou a horta escolar num laboratório de aprendizagens
Os estudantes da Escola Estadual Campo Maior, uma instituição de ensino rural localizada no Distrito de Campo Maior, a 28 quilômetros de Nova Rosalândia, tem na horta escolar, um laboratório para diversas aprendizagens. Por meio do componente curricular Saberes e Fazeres da Campo, os alunos participam da horta, desde o plantio até a colheita e experimentam os sabores dos produtos durante a Alimentação Escolar. O projeto denominado “Alimentação orgânica na escola do campo – da horta para a cantina”, conquistou o 3º lugar, no Prêmio Escola que Transforma, na categoria Escola do Campo/Educação do Campo/Escola Quilombola/Educação Quilombola/Parcial – Anos Iniciais do ensino fundamental – esfera estadual.
A professora Kamila Ferreira dos Santos destacou os diversos benefícios da horta. “Com esse projeto foi possível obter resultados maravilhosos na aprendizagem dos estudantes, principalmente, quanto ao conhecimento sobre a alimentação orgânica, sobre como cuidar das plantas, acompanhar o processo de crescimento e participar da colheita. Percebemos outras aprendizagens como a valorização do trabalho em grupo, do envolvimento da comunidade e da motivação para os estudantes protagonistas”, explicou.
O projeto começou a ser desenvolvido devido a necessidade dos estudantes de aprender a valorizar o consumo dos alimentos naturais. E no decorrer do seu desenvolvimento foi possível estudar temas como a consequência de pesticidas na produção dos alimentos, a necessidade de cuidar melhor da própria alimentação e de criar uma consciência e responsabilidade ambiental cuidando para preservar as áreas em torno do distrito de Campo Maior.
Na prática, na horta são utilizados adubos orgânicos, que os estudantes levam de casa e também foram os alunos que produziram os regadores utilizando materiais recicláveis. E na horta são produzidos alface, cenoura, beterraba, couve, cebolinha, coentro, abobrinha e maxixe.
E para transformar a horta num laboratório de aprendizagens, a escola firmou parcerias com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, buscou apoio da comunidade escolar, contou com a colaboração dos professores, dos familiares dos alunos e funcionários e com isso, a escola passou a desenvolver uma interação social na própria comunidade.
A escola também conta com o apoio da agricultura familiar por meio da Associação Só Se Vendo, que auxiliou na troca de experiências de todos os participantes da comunidade escolar.
A Escola Estadual Campo Maior conta com 37 estudantes, e oferta o ensino fundamental. A diretora Valmirene Rocha Soares Silva descreveu o quanto o prêmio representou para a comunidade escolar. “O envolvimento e apoio dos alunos, bem como familiares é algo visível e crescente, estreitando os laços entre escola e família e consequentemente melhorando consideravelmente os índices educacionais, que é a nossa principal meta. E quanto a premiação significa uma valorização financeira de nossas práticas educativas coletivas, fator que representou um novo ânimo para toda a comunidade escolar, fortalecendo ainda mais o nosso processo de ensino e de aprendizagem”, afirmou.
A estudante Kamilly Lima Cirqueira, do 3° ano do ensino fundamental, falou de sua participação. “Eu entendo que essa horta é importante para a nossa saúde, eu ajudo na irrigação, na preparação da terra e na colheita”, comentou.
O aluno Ulisses de Melo Freitas, do 5° ano do ensino fundamental, ressaltou a animação dos estudantes. “Eu aprendi que primeiro se prepara a terra, acompanha o nascer da planta e o seu crescimento. Todos nós amamos fazer a colheita da horta escolar”, falou.
O Prêmio Escola que Transforma é uma ação do Programa de Fortalecimento da Escola (PROFE), uma realização do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação.